Ministério de Música "O segredo de Maria"

quinta-feira, 21 de maio de 2009

" MUSICO INSTRUMENTO QUE DEUS USA PARA TOCAR SEU POVO








E ai galera, é com alegria que estou escrevendo para vocês neste espaço...

Vou falar um pouco sobre musica na liturgia. Pode ser algo que você já conhece e por isso é bom relembrar, e para quem não conhece a liturgia é muito interessante e instigante.

Muito importante é lembrar que missa não é lugar para show, e também não é por isso que devemos caprichar no instrumental, mas temos que lembrar que devemos fazer a musica pelo momento, mais ou menos como em um musical...

Lembrando que estas mal escritas linhas não estão baseadas em textos litúrgicos, e sim pela musicalidade que melhor encaixa para cada momento do rito romano.

Podemos pensar na missa como um musical a ser preenchido com canções apropriadas, para cada momento, um estilo, ou ritmo, ou um instrumento, etc... Não vamos falar que ritmo é mais adequado, mas sim o que poderia funcionar melhor.

Vamos pensar nos momentos musicais da missa( pelo menos os principais) e em sua liturgia adequada;

Canto de entrada:
Um momento de alegria onde estamos unidos na casa de Deus para a alegre reunião com o mestre, onde escutaremos sua palavra, suas indicações para nossa vida. Nossa musica deve falar sobre isso, nossos instrumentos também, alegres, com preenchimento...

Ato Penitencial:
Vamos pensar nele como um momento de reflexão, lembre-se de alguma cena em cinema ou musicais em que um momento de reflexão a trilha sonora era uma Polka, ou Soul/Funk. Isso não ocorre no cinema nem em musicais, porque iria ocorrer na igreja, principalmente em um momento de reflexão! A pedida ideal seria algo muito suave, o que poderia chegar até uma balada, independente de estilo, talvez um instrumento e um vocal solista. Ocorre também a escolha do cântico, que pode estar na função da liturgia(Senhor piedade, Cristo piedade, Senhor piedade) ou em uma outra função preparatória como alguns padres preferem.

Hino de Louvor:
O hino de louvor é assim como o canto de entrada onde tudo é bem vindo, instrumentos, arranjos vocais, etc, lembrem-se que nada exagerado funciona, tudo no seu lugar. Na liturgia muito se discutiu sobre este momento, passando por muitas formulas, muitas canções, e até hoje existem duvidas. Neste momento a letra que devemos cantar é a do gloria(que está no folheto) é o correto, liturgicamente é o que deve acontecer. Mas muitos padres não tem paciência por alguns motivos, sempre fica muito longo pois a letra é comprida, o ministério ou banda não faz um arranjo bom, etc. Alguns estão recorrendo a outras saídas, que consiste em cantar um refrão de uma de suas musicas depois reza o gloria e termina com a musica, como o Pe. Marcelo Rossi fazia com o pai nosso. O importante é estar sempre de acordo com que o Padre da paróquia deseja e com o que a Santa Igreja nos indica a fazer.

Salmo Responsorial:
É adequado que se cante o salmo sim, que se cante totalmente se possível, a letra que está no lecionário já vem com as indicações de impostação vocal facilitando a criação de melodia e harmonia. Lembrando, todos da assembléia devem cantar, por isso é importante que a canção seja de fácil compreensão e memorização.

Aclamação ao Evangelho:
Também um momento interessante, pois o mestre vem falar em nossos corações, alegria porque estamos para ouvir o salvador, instrumentos e vozes, ritmo e poesia, tudo é aceito musicalmente, este é um momento que aguardamos ansiosos a palavra e por isso cantamos!

Preparação das Ofertas:
Canto onde devemos entregar ao Senhor nosso ser, renovar nossa vida no altar de Deus, o canto deve levar as pessoas meditarem este momento, por isso voltamos à balada, solista, instrumentos podem fazer contraponto com a voz(como um sax, flauta, gaita), refrão com harmonia vocal.

Santo:
Este canto é importante na liturgia da igreja, independente de ritmo é importante que ele tenha a letra que está no folheto e ou liturgia diária, dada à exceção de que o padre queira a mudança da letra por algum motivo especial.

Comunhão:
Momento sublime da santa missa, vamos voltar a trama musical do filme, o momento sublime de um filme(independente de gênero) sempre pede uma musica introspectiva, é isso, na comunhão temos que fazer com que a canção brote da alegria, paz e felicidade que brotam da ocasião que vivenciamos, sendo assim uma musica suave, calma e bem interpretada ajudam muito a criar o momento ideal para a intimidade com o Senhor.

Final:
Clima de despedida, mas alegria pois estamos levando a palavra de Deus conosco e reabastecidos por ter estado com ele na comunhão! Musica animada como quando sobem os letreiros, temos que ter sabor de quero mais e expulsar as pessoas com barulho ensurdecedor criado por guitarras altas e distorcidas e bateristas enfurecidos, a musica é animada, nada nos impede de uma boa distorção ou um ritmo forte.

Bom, os outros momentos que podemos tocar(Cordeiro, Amém, Paz, etc) devem seguir as orientações do celebrante, e não custa lembrar, pensem como arranjadores de um musical, ou criadores de uma trilha para um filme, nosso trabalho na liturgia é “criar” um momento, levar sentimentos a tona, fazer com que as pessoas vivenciem com a alma o que está acontecendo, para isso precisamos de muita atenção, unção e paz.

Em outras oportunidades vamos explorar mais os momentos da liturgia, os tempos da igreja e a musica na celebração da eucaristia. Por enquanto é só!

Ministérios de Musica X ParóquiasBom dia galera...

Hoje eu estou por aqui para bater um papo com vocês sobre sonorização das paróquias, mas não vamos falar de equipamentos ou utilitários mas falaremos sobre o assunto das diversas formas possíveis.

Começaremos pela nossa visão, sim pela visão dos músicos.Sempre escuto por ai, e já fui um dos que falou que quanto mais profissional o sistema sonoro melhor. Se em nossas paróquias existisse um som como os de algumas igrejas evangélicas, seria muito melhor, muito mais pessoas viriam as missas, e evangelizaríamos muito mais! Não é verdade?

Ou se o padre de nossa paróquia fosse menos torrão, e investisse no ministério, quem sabe até uma ajuda para comprar nosso próprio equipamento, que financiasse aulas com bons músicos católicos para que nosso dom estivesse disponível para os outros? Agora eu faço uma pergunta: Será?

Vamos viajar por um mar de exemplos e tirar nossas conclusões. A primeira coisa a se pensar é: Como tocamos nas paróquias. Porque nosso pároco não quer investir um centavo do dinheiro da igreja no som da paróquia? Todos sabemos que como músicos estamos propícios a termos um pouco o ego inflado. Será que o som é a prioridade em nossa comunidade? Como estão as paredes da paróquia? E os bancos onde a comunidade senta, ou até mesmo a luz? Como estão as obras de caridade e quanto de dizimo entra nos “cofres de nossa igreja”? Nós músicos, temos a idéia de que a musica é o mais importante da celebração, mas esquecemos que a missa sem a música continua sendo a missa. E que somos apenas um floreio da celebração. Haaa, mas vocês vão me falar que somos ponta de flecha, e somos, mas o que adianta sermos pontas de flecha e não sermos afiados para penetrar e romper as barreiras? Em quantos lugares, paróquias e barzinhos que já não fui e dava vontade de sair correndo tamanha a falta de senso critico.

O mínimo de bom gosto é muito importante. Temos que aliar nossa vontade de servir a Deus com a vontade de fazermos o melhor para Deus. O mínimo de esforço de nossa parte para melhorar, o mínimo de esforço para procurar ajuda. Tantos são os lugares que podemos achar, e inclusive estamos num destes lugares, o computador, o portal que suervisiono Sacramusic.com, a Canção Nova, um amigo que toca a mais tempo na igreja. Senso para ouvirmos o como nossas guitarras estão agudas e irritantes nos ouvidos da assembléia, do padre e dos amigos de ministério. A afinação que está horrível e doe a quem escuta, a altura da bateria.

É verdade, ás vezes, queremos um som novo, potente, com tudo que merecemos para conseguirmos fazer mais som que o baterista, qual guitarrista nunca sonhou em tem em sua paróquia um combo de cabeçote e caixa de 4x12 da Marshall para tocar? Qual vocalista não quer um Shure para cantar? A voz parece até que sai mais bonita não é? Que baterista não queria uma bateria como a da Canção Nova com 3 tons e 15 pratos, para tocar como o Xan?

A resposta é essa mesmo, as vezes estamos pensando somente em nos, mas se o padre não quer investir, por que será? Será que ele não sente vontade ou sente medo apenas? Medo de dar uma arma mais poderosa para que expulsemos de vez todas as pessoas da comunidade? É obvio que existem padres tradicionalistas que de jeito nenhum quer bateria na paróquia. Mas se não for desses será que ele não sente o comprometimento e a força de vontade. Pois eu garanto que se ele sentir no ministério uma união e comprometimento, a busca e a sede por sermos melhorar e darmos o melhor para Deus, ele com certeza investiria muito no som e no ministério.

Tenho como prova minha paróquia e tantos anos de vivencia na igreja, minha paróquia por exemplo, qual musico não gostaria de ter a sua disposição 6 microfones shure, cabos santo ângelo, uma mesa maravilhosa, equalizadores aleses de 32 bandas, efeito Studio Digital da digitech, Potencias AB e PAs Peavey Scorpions. Bateria Pearl completa, amplificador Laney para guitarra, e Combo Meteoro para baixo? Todas as ferragens de microfone e estantes RMV...

Não estou descrevendo o equipamento da paróquia para mostrar, falar que temos o melhor, mesmo por que ainda estamos longe disso, mesmo que alguns desses equipamentos sejam profissionais. Não é isso, mas tudo isso teve um tempo, batalhamos para comprar, tivemos total apoio do Padre que viu nos ministérios da paróquia vontade de servir e ser melhor, viu que fazíamos o possível para melhorar as missas. Então resolveu que poderia sim investir em equipamentos para ajudar os ministérios a crescer.

Então, por mais que pareça, o sacerdote sempre sabe o momento, cabe a nós lutar e fazer o melhor possível para que isso aconteça no tempo de Deus. Oração e estudo fazem um bom musico católico.

Unção X Técnica
Hei, não vai achando que já sabe sobre o que vou falar apenas por ler o titulo sugestivo, esta discussão já existe há muito tempo dentro de nossa amada igreja, provavelmente vai continuar existindo por muito mais tempo.

Eu não estou aqui, escrevendo estas linhas virtuais, para defender um ponto de vista meu ou de alguém, pois esta questão não é de certo ou errado e sim de como se deve usar cada lado.

Vamos do principio, o que é TÉCNICA???
Técnica é apenas a forma que estudamos musica no instrumento, cada instrumento é tocado de uma maneira diferente, por exemplo, um piano é tocado diferentemente de uma gaita. A técnica existe para nos auxiliar no estudo, a melhor forma de se descer uma escala, postura do braço e corpo, posicionamento dos dedos. Então vemos por ai que técnica é para ser estudada em casa.

Então veja nosso dilema, sem a técnica não podemos dar o melhor para Deus? Então como ficamos na nossa pergunta acima? Se sem a técnica não podemos dar o melhor a Deus então temos outro problema, como dar o melhor a Deus?

A TECNICA é para ser estudada em casa, muito estudada, muito aproveitada, afim de que possamos nos qualificar para dar todo o melhor de nós a Deus, seja estudando em escola de musica, com amigo, no SACRASOM, mas aproveitar toda a possibilidade de estudo que Deus nos provê, pois é graça e benção do Senhor a nós.

Na missa, grupo de oração, shows, etc. Não são lugares para se estudar a técnica e sim para aproveitá-la. Vamos entender uma coisa, para que existe o treino? Para nos aperfeiçoarmos, o treino repetitivo melhora a “mecânica” do movimento, nos deixa mais rápidos e atentos para então no momento devido este movimento seja automático. Ora, se o movimento se torna automático, logo não pensamos nele, não nos concentramos em outra coisa, pois nosso corpo já está acostumado com aquilo. Portanto não temos que mudar o foco da atenção para a técnica, pois já a tínhamos estudado anteriormente e por isso se tornou um movimento automático!

Deu para acompanhar o raciocínio? Vou facilitar ainda mais. Quando temos algo automático, quer dizer que não precisamos fazer nada para que algo aconteça, como um câmbio manual, onde temos que pensar em trocar a marcha por marcha e um automático onde todo o movimento se faz sozinho e nós apenas aceleramos! Assim também deve funcionar a técnica em nós, automática, sem pensarmos no que fazer.

Bem, assim o Espírito Santo pode nos usar da maneira que quiser, pode usar de nossa técnica sem que percebamos para tocar as pessoas através de uma musica de qualidade. Milagres acontecem, mas não é assim também, que o Espírito Santo vem e usa uma escala que você nunca usou, não estou dizendo que não possa acontecer, mas amigos convenhamos, se temos esta habilidade previamente podemos fazer o melhor, pois na unção daquele momento não perdemos a atenção tentando lembrar alguma escala ou frase rítmica, as coisas apenas acontecem, isso é o que no mundo chamam de feeling,

Quando nos deixamos ser tomados pelo Santo Espírito e tocamos com unção, com poder, a técnica vai ser usada como uma ferramenta, e sem precisarmos nos preocupar, pois está tudo conosco, já temos o conhecimento, já possuímos a técnica, logo não temos que nos preocupar.

Não existe aquele papo de porcentagem(ex: 80% unção e 20% técnica) devemos ser 100% técnica em nosso estudo e 100% unção no exercício da musica.

Assim fazemos aquela velha conta de Deus onde 1 = 3, 5 pães e 2 peixes alimentam 5.000 e 100% técnica + 100% unção = MUSICO COMO INSTRUMENTO QUE DEUS USA PARA TOCAR SEU POVO!!!

Um grande abraço, até a próxima!!

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